terça-feira, 22 de junho de 2010

Eu, eu mesma e meu mundo mágico




A nostalgia, ou a melancolia, não sei, sempre me caíram bem. Vez ou outra resolvo ser altruísta comigo mesma. Coloco uma boa música, e corro os dedinhos no teclado. E então traço um encontro comigo mesma, nos moldes e detalhes que somente eu conheço. Momento em que abro meus tesouros escondidos na minha arca secular. Bem conservado, meu bibelô  me guarda com cuidado e esmero.  Saio então do meu labirinto cheio de espelhos que me cegam e me confundem e acho a saída, respiro fundo (e aliviada), e me deparo com um horizonte pleno e real. É melhor que eu caminhe sem olhar pra trás, sei bem disto, mas insisto em virar estátua de sal.
                                                                                             
                                                                              No player: Resistance - Muse

2 comentários:

Rafael Cury disse...

Você voltou! Que bom.

Junkie Careta disse...

Tipico comportamento de poeta...Curiosidade ou gosta do que vê quando olha pra trás?Sodomas e Gomorras ou paraísos angelicais?

Também tenho uma arca e um labirinto desses.Também, constantemente viro estátua de sal.

Esse texto é tão Amélie Poulain-like.