A nostalgia, ou a melancolia, não sei, sempre me caíram bem. Vez ou outra resolvo ser altruísta comigo mesma. Coloco uma boa música, e corro os dedinhos no teclado. E então traço um encontro comigo mesma, nos moldes e detalhes que somente eu conheço. Momento em que abro meus tesouros escondidos na minha arca secular. Bem conservado, meu bibelô me guarda com cuidado e esmero. Saio então do meu labirinto cheio de espelhos que me cegam e me confundem e acho a saída, respiro fundo (e aliviada), e me deparo com um horizonte pleno e real. É melhor que eu caminhe sem olhar pra trás, sei bem disto, mas insisto em virar estátua de sal.
No player: Resistance - Muse
2 comentários:
Você voltou! Que bom.
Tipico comportamento de poeta...Curiosidade ou gosta do que vê quando olha pra trás?Sodomas e Gomorras ou paraísos angelicais?
Também tenho uma arca e um labirinto desses.Também, constantemente viro estátua de sal.
Esse texto é tão Amélie Poulain-like.
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