sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O feito do mal feito

Detesto um mal feito. Acho que a maioria das pessoas não gosta. Não falo isso num tom moralista. Longe de mim. O fato é que, já andei fazendo alguns, como qualquer ser humano que se preze. Só que com uma diferença. Levei muitos tombos, e aprendi algumas liçõezinhas básicas de sobrevivência. Aprendi que a natureza é perfeita, nós não. E que dentre muitas das suas leis naturais, existe uma chamada: ação e reação. Ou seja, tudo o que se faz indubitavelmente se vê os resultados. Em uma linguagem mais clara, você colhe o que planta.

O que acontece é que, adquiri certo grau de intolerância com gente masoquista. Não sei ainda se isso é bom ou ruim. Então. A desculpa do aleijado é a muleta como diz a sabedoria popular. E muita gente usa de certos artifícios pra se fazerem de coitadinhos e terem sempre alguém prontamente a lhe resolver os pepinos. Quando conversas não adiantam mais, e a pessoa continua andando em linhas tortas, por mais que saiba o efeito de suas atitudes arbitrárias e conscientes, é hora de rejeitar a conversa mole e suspeitar da carinha de cachorro que caiu da mudança. O melhor a se fazer nessas horas é não poupar o individuo de sofrer as conseqüências de seus mal feitos. Não é pra isso que fomos dotados do livre-arbítrio?

Eu inteligentemente não carrego cruz dos outros. Já tenho a minha, que não é de isopor e nem tem rodinhas. Caso contrário, estaria no andar de cima tocando harpa.

Existe uma enorme diferença entre o bom e o bonzinho. O primeiro, prima pela justiça. É justo consigo e com os outros. Sabe dizer não na hora certa e estender a mão também. O bonzinho, no afã de mostrar para as pessoas o quanto é prestativo, prejudica sua própria vida em prol da “ajuda” que dispensa a todos. Esses na maioria das vezes não estão dando conta de resolver nem os seus próprios problemas. Tudo tem limite.

Esse tipo de gente -melindrosa- é um risco iminente pra todos que fazem parte de seu circulo social e familiar. E, descaradamente não tem a minha simpatia. São egoístas, e não se preocupam com o estrago que fazem pra si e para os que lhe servem de isca (geralmente os ditos “bonzinhos”).

Os justos, estes sim, herdarão o Reino dos Céus.

15 comentários:

Anônimo disse...

Há uma música do Renato Russo que nunca foi oficialmente gravada pela Legião Urbana que se chama Boomerang Blues e fala justamente sobre isso. Procure a letra por aí, é muito interessante.

O que pode acontecer também é a gente dar esperando receber, ou não esperar mas, claro, quando não se recebe nada em troca deixa de ser bom. Eu tenho aprendido na marra a não me doar tanto porque acaba gerando até falta de amor próprio!

Um beijo.

Leo disse...

Nossa, é difícil conviver com pessoas que estão sempre dependentes dos outros para resolver seus problemas. Pior do que isso: muitas vezes elas simplesmente esperam que os outros resolvam os problemas por ela, enquanto não faz o mínimo esforço.

A distinção que você fez entre "bons" e "bonzinhos" foi perfeita!

Gostei muito do blog! Vou te linkar, beleza?

Até mais!

Patricia Daltro disse...

Durante um bom tempo da minha vida, eu, infelizmente, fiz parte dos "bonzinhos", até perceber o quão ruim era para mim e até para os outros, ao impedir que crescessem por sua conta e risco, já que eu ficava sempre lá, rede em punho, velando para que não caíssem.
Hoje, mais madura, sigo a vida com o lema - todos tem seus problemas e não adianta me martirizar, pois não posso resolver o que não me compete resolver.

Beijos

mfc disse...

Ajudar os outros a caminharem, sem os levarmos ao colo.

Rossana Fernandes disse...

Mi, dê uma olhada em postagens antigas do blog pra ver se você gosta de alguma coisa.
Eu irei colocar mais algumas coisas por lá durante a semana.
Pra encomendar, é só me mandar um e-mail dizendo o que vc quer que eu te passo um orçamento.
Bjusssss

Ju disse...

Obrigada pela visita!!!
Gostei do seu post, realmente, a pessoas e pessoas, bons e bonzinhos...
Bjos!! Volte sempre que puder!

Camila disse...

pessoas preguiçosas isso siim HUAHUAHUAHAU
os justos com certeza terãoo mais feitos no ceu

ps:só naum curti muito o tema hehe


bejoos

Escrevendo na Pele disse...

Eita!! Matou a cobra e mostrou o pau!! Gostei disso, hein!! Bjs.

Mi disse...

Minha cruz tbm não é de isopor, rs

Vou lhe adicionar, okay?
:*

Guilherme disse...

Opá! beleza?
te indiquei para receber o selo "Olha que Blog Maneiro", passa lá no meu blog e confere.
Abraços!

Carolina Augusta disse...

o ser humano é tão intrigante quando maldoso.
é dificil separar o joio do trigo.

mas, a gente tenta né.

beijao, obrigada pela visita!

Jullyane Teixeira disse...

Querida, voltei! Férias muito bem aproveitadas!

Beijos e saudades!

Candy disse...

Sabe qual foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça: tudo que fazemos, fazemos pq obtemos algum beneficio com isso.
Seja o bonzinho (que consegue ser visto por alguns como uma pessoa de bom coração), seja o medroso que nao encara a vida e se faz de vitima.
Ele age assim pq sempre vai ter ao menos uma pessoa para ajudar, a partir do momento que nao tiver mais, isso para.
Um chega em Maria do Bairro.
Tenho dito!
¬¬

Boa semana!
\o/
;)

:***

ML disse...

Assim que "bati o olho" no seu post (maravilhoso, por sinal) lembrei de um super querido que é exatamente assim: bonzinho (ou irresponsável e egoísta).
Acho que essa tribo padece de falta de auto-estima.
Estam sempre devendo a quem explora (e, de certa forma explorando quem os ama).

bjnhs

Jéss disse...

muito tempo sem passar por aqui, hein?!

me desculpe pelo sumiço.
e ah, o texto tá como todos os outros, aquela coisa que te deixa refletindo...
enfim, tudo ótimo como sempre, pra não prolongar.
beijos